Prisão preventiva: quando é aplicada e como funciona?

A prisão preventiva é uma das medidas mais severas dentro do Direito Penal, sendo aplicada antes do julgamento definitivo. Diferente da prisão em flagrante, a preventiva não serve como punição, mas sim como uma forma de garantir o andamento do processo. No entanto, seu uso indevido pode gerar prisões arbitrárias e violações de direitos. Neste artigo, explicamos como funciona a prisão preventiva e em quais casos ela pode ser decretada.

O que é prisão preventiva?
A prisão preventiva é uma medida cautelar prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP), aplicada quando há indícios de que a liberdade do acusado pode atrapalhar o curso do processo. Ela não significa uma condenação, mas sim uma forma de garantir que o réu não prejudique a investigação ou a ordem pública.

Quando a prisão preventiva pode ser decretada?
Para que a prisão preventiva seja aplicada, alguns requisitos precisam ser cumpridos:

  1. Prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria: O juiz precisa avaliar que há elementos concretos ligando o acusado ao crime.
  2. Presença de pelo menos um dos fundamentos abaixo:
    ✅ Garantia da ordem pública ou econômica (para evitar novos crimes).
    ✅ Conveniência da instrução criminal (para evitar que o acusado atrapalhe as investigações).
    ✅ Assegurar a aplicação da lei penal (evitar fugas).

Além disso, a prisão preventiva deve ser proporcional ao crime, ou seja, só pode ser decretada se outras medidas cautelares não forem suficientes.

Quais crimes podem levar à prisão preventiva?
A prisão preventiva pode ser aplicada em crimes mais graves, especialmente quando há risco de reiteração criminosa ou fuga. Alguns exemplos incluem:
⚖️ Homicídio
⚖️ Tráfico de drogas
⚖️ Crimes contra a administração pública (como corrupção)
⚖️ Violência doméstica, quando há risco à vítima

Diferença entre prisão preventiva e prisão temporária
Muitas pessoas confundem a prisão preventiva com a prisão temporária. Enquanto a prisão preventiva não tem prazo fixo, a prisão temporária dura no máximo 5 dias (30 em casos de crimes hediondos) e serve para investigações iniciais.

Como pedir a revogação da prisão preventiva?
A prisão preventiva não pode ser aplicada indiscriminadamente. Se um réu estiver preso preventivamente sem justificativa válida, um advogado criminalista pode entrar com um pedido de habeas corpus para reverter a decisão. Além disso, a defesa pode solicitar a substituição da prisão por medidas cautelares, como:
✅ Uso de tornozeleira eletrônica
✅ Proibição de contato com testemunhas
✅ Recolhimento domiciliar


A prisão preventiva é uma medida extrema e só deve ser aplicada quando realmente necessária. O Direito Penal prevê formas de garantir que o processo corra de maneira justa, sem prisões arbitrárias. Caso você ou alguém próximo esteja enfrentando uma prisão preventiva, procure imediatamente um advogado criminalista para garantir seus direitos.

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